• Mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e medidas cautelares foram cumpridos pela Polícia civil, na quinta-feira (02.06), em Aripuanã (1.002 km a noroeste de Cuiabá), após investigação para apurar suposto crime contra a administração pública do município.
    • A ação foi deflagrada pelos policiais civis de Aripuanã integrados com as equipes das Delegacia de Colniza, Cotriguaçu, Juruena e Alta Floresta, que deram apoio nas diligências para cumprimentos das ordens judiciais.
    • Um dos investigados (empresário e proprietário da máquina) teve a prisão preventiva cumprida. Já as buscas tinham como alvo a Secretaria Municipal de Infraestrutura de Aripuanã, e a sede de uma empresa privada situada em Alta Floresta, que está ligada ao esquema.

    • Foram apreendidos dois tratores com indício de adulteração no horímetro, documentos, celulares, computadores, maquinários, entre outros objetos. Além do afastamento do coordenador de Controle e Gestão da Secretaria de Infraestrutura de Aripuanã, como medida cautelar.
    • Além da prisão e das buscas e apreensões, o delegado de Polícia representou por outras medidas cautelares, que o Ministério Público opinou favoravelmente.
    • As investigações iniciaram através de uma denúncia anônima, relatando que ocorreria fraudes por meio de tratores que prestam serviço para a Prefeitura de Aripuanã.
    • Diante das informações foram feitas verificações preliminares e constatado que um dos tratores utilizados em obras públicas possuía uma adulteração no horímetro (aparelho que indica a quantidade acumulada de tempo de funcionamento de uma máquina).
    • Conforme o delegado Flávio Leonardo Santana Silva, os indícios indicam que o equipamento permanecia ligado enquanto a máquina estava desligada, possibilitando apresentar uma quantidade de horas maior do que foi realizada pela máquina.
    • Então não havia consumo de combustível equivalente às horas apresentadas, já que o trator permanecia desligado com o horímetro ligado. Essa sobra de combustível permitia a realização de um novo esquema fraudulento, por meio de desvio.

    • “Maquinários desse porte consomem uma quantidade altíssima de óleo diesel, que varia entre 22 a 28 litros por hora trabalhada. Assim as condutas criminosas apuradas são fraude no horímetro, permitindo apresentar uma quantidade de horas superior as que realmente teriam sido trabalhadas. Além disso, o combustível que sobrava seria, em tese, desviado”, explicou o delegado Flávio Leonardo.
    • Durante as diligências foi identificado que o esquema seria realizado com a participação de alguns agentes públicos municipais, articulados com o dono do maquinário e de outras pessoas que auxiliavam, como no preenchimento das planilhas de horas e no desvio de combustível.
    • As investigações seguem para conclusão do inquérito instaurado pela Delegacia de Aripuanã, bem como indiciamento e responsabilização criminal dos envolvidos no crime.
  • Fonte: PJC MT