Especialistas explicam por que, afinal, eles ainda não substituem o uso dessas substâncias contra pragas e doenças em todas as plantações.
Nem todo pesticida é um agrotóxico químico: insetos, vírus, plantas, ácaros e outros seres que existem na natureza também podem proteger uma plantação contra pragas e doenças, de forma menos perigosa e com custo menor de produção. São os chamados defensivos biológicos.
Estes contemplam ainda hormônios melhorados em laboratório, chamados de semioquímicos, que são constituídos por substâncias que alteram o comportamento das pragas, impedindo que se disseminem.
Um exemplo são os feromônios, os chamados "hormônios do amor", que permitem seres da mesma espécie se reconhecerem e interagirem. Ao serem aplicados nas plantas, eles conseguem confundir as pragas.
Devido ao aumento das críticas contra os agrotóxicos, grandes fabricantes têm investido, cada vez mais, no ramo dos biológicos. Ao contrário do que se pode pensar, seu uso não é exclusivo da agricultura orgânica.
Quase 100% dos agricultores brasileiros usam os dois tipos de defensivos, de forma combinada, segundo José Otávio Menten, da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Ele diz ainda que o Brasil é considerado um país referência no uso dos produtos biológicos em áreas extensas. Além dele, a Europa também se destaca, principalmente a Holanda e a Espanha, no que diz respeito à aplicação em ambientes protegidos, como em casas de vegetação. Os Estados Unidos, por sua vez, se sobressaem em tamanho de mercado e tecnologia.
Mas, então, por que os biológicos não substituem as substâncias tóxicas em todas as plantações? Segundo os especialistas do setor entrevistados pelo g1, existem basicamente 3 razões para isso:
FONTE G1