As dores de cabeça (cefaleias é o termo médico) são as queixas mais comuns na vida diária das pessoas e nos consultórios dos clínicos gerais, e não devem ser minimizadas se forem constantes ou recorrentes, mesmo as consideradas mais comuns. Representam 3% dos pacientes que procuram atendimento de emergência, e 50% dos pacientes que procuram o consultório de neurologistas. A enxaqueca, por exemplo, atinge cerca de 324 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com o Organização Mundial da Saúde (OMS).
As cefaleias primárias são as que apresentam maior frequência e menor gravidade. As mais comuns são: enxaqueca; a cefaleia tipo tensional; e a cefaleia em salvas (dor de cabeça intensa, que surge em crises, e que acontece apenas em um lado).
Esses tipos de cefaleias geralmente são sem causa demonstrada pelo histórico do paciente, nem nos exame físico, clínicos ou laboratoriais usuais. O diagnóstico é feito com base nas queixas, sem necessidade de exames de imagem ou de laboratório.
Porém, conforme explica o neurocirurgião Marcio Brandão, vice-presidente da Fundação de Neurologia e Neurocirurgia da Bahia, alguns sinais de alerta podem ser identificados pelo médico, que vai solicitar testes específicos ou orientar o encaminhamento para atendimento de emergência hospitalar. “Se um paciente tem um histórico de dores de cabeça recorrentes ou frequentes, um plano médico de tratamento agudo e profilático precisa ser estabelecido”, orienta o especialista.
De acordo com ele, os sintomas associados à enxaqueca, por exemplo, costumam ser diagnosticados erroneamente, por pacientes e médicos, como consequência de sinusites. Mas, segundo ele, a maioria das dores de cabeça caracterizadas como "dores de cabeça dos seios da face" são enxaquecas.
Cefaleias secundárias podem ser graves