BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) disse nesta segunda-feira (11) saber que seu governo ainda está "muito aquém" do que prometeu e que não há razão para ter 100% de popularidade.
A declaração dada em entrevista ao SBT foi em reação a questionamento sobre pesquisas eleitorais. Na semana passada, Ipec e Quaest divulgaram levantamentos que mostram um aumento da avaliação negativa do governo.
"Eu tenho certeza absoluta que não tem nenhuma razão do povo brasileiro para me dar 100% de popularidade porque ainda nós estamos muito aquém daquilo que prometemos. Eu sei o que prometi para o povo, eu sei os compromissos que fiz com o povo", disse.
"Até agora, preparamos a terra, aramos, adubamos e colocamos a semente. Cobrimos a semente. Este é o ano em que vamos começar a colher o que plantamos", completou Lula na entrevista gravada na manhã desta segunda. Trechos estão sendo divulgados ao longo do dia, e a íntegra só vai ao ar à noite.
Pesquisa divulgada pelo Ipec na sexta-feira (8) mostrou piora nos índices de aprovação de Lula. Consideram a administração ótima ou boa 33%, ante 38% na pesquisar anterior, de dezembro passado. Outros 33% avaliam a gestão regular, e 32% veem como ruim ou péssima, uma oscilação positiva de dois pontos em relação aos dados anteriores.
Não sabem ou não souberam responder 3%. A sondagem foi realizada dos dias 1° a 5 de março, ouvindo presencialmente 2.000 eleitores em 130 municípios pelo país. A margem de erro estimada é de dois pontos para mais ou para menos.
Outra pesquisa, da Quaest, divulgada na quarta-feira (6) também mostrou um aumento da avaliação negativa do governo Lula.
De acordo com o levantamento, a gestão tem avaliação positiva de 35% e negativa de 34%. Na pesquisa anterior, em dezembro, 36% tinham avaliação positiva e 29%, negativa. A parcela que tem opinião regular sobre o governo petista era de 32% e agora está em 28%.
Não responderam ou não souberam 3%. A pesquisa ouviu presencialmente nesta rodada 2.000 pessoas dos dias 25 a 27 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
FONTE: FOLHA DE S.PAULO