Conteúdo/ODOC – O senador Wellington Fagundes (PL) declarou que as frequentes idas do ministro Carlos Fávaro (Agricultura) à cadeira de titular no Senado têm impactado na liberdade e autonomia da senadora Margareth Buzetti (PSD). Como primeira suplente, ela ocupa a vaga de Fávaro desde que este assumiu como ministro do governo Lula (PT) no início de 2023.

A prática do ministro de deixar seu cargo no alto escalão do Governo Lula (PT) para retomar a cadeira no Senado em votações estratégicas tem colocado Buzetti em situações constrangedoras.

A última ocorreu em novembro durante a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2021, que limitava decisões monocráticas no Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa ocasião, Fávaro teve sua exoneração publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo presidente Lula, sem que Margareth fosse previamente informada.

Wellington Fagundes avalia a situação como difícil para a senadora suplente, destacando que os parlamentares podem tirar licença por até 121 dias, a exceção sendo para assumir cargos como ministro, secretário de estado ou de capital.

“No caso lá, o Fávaro, ele é ministro. Então, uma matéria lá, ele volta e assume de novo. Então, tira, digamos, a liberdade, a força de quem está no mandato poder votar com tranquilidade. Então, acho que a Margareth, ela se sente incomodada nessa situação”, completou.

Conforme noticiou O Documento,  a senadora também foi alvo de críticas do ministro Fávaro ao indicar que seguiria o governador Mauro Mendes em apoio a candidatura de Eduardo Botelho para a prefeitura de Cuiabá. Na ocasião, o senador afirmou que ela não tinha “voz”.

Margareth respondeu o argumento, destacando sua lealdade ao seu grupo político em Mato Grosso.


FONTE: O DOCUMENTO