Conteúdo/ODOC – O abate de bovinos seguiu em crescimento em 2023 e chegou a 34,06 milhões de cabeças, um aumento de 13,7% em relação a 2022, dando sequência à tendência de crescimento verificado no ano anterior. Mato Grosso participou com 17,5% dos animais abatidos, se mantendo na liderança do ranking entre os estados. As informações são das Estatísticas da Produção Pecuária, divulgadas pelo IBGE no dia 14 de março.

Em termos de cabeças abatidas, este é o segundo maior resultado da série história da pesquisa, atrás apenas do registrado em 2013. Porém a produção de 8,95 milhões de toneladas de carcaças foi recorde. No comparativo 2023/2022 houve abate de 4,11 milhões de cabeças a mais. Em Mato Grosso foi 1,21 milhões a mais de animais indo para o gancho.

“O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (2,01 milhões de toneladas), registradas pela série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), e pela queda de 19,8% no preço médio da arroba (Cepea/Esalq)”, explica o analista da pesquisa, Bernardo Viscardi.

Já os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que curtem pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 34,40 milhões de peças inteiras de couro cru bovino em 2023. Essa quantidade foi 11,7% maior que a registrada no ano anterior.

No ranking dos Estados, Mato Grosso continuou liderando a recepção de peles pelos curtumes em 2023, com 17,1% de participação nacional, seguido por Goiás (13,7%) e Mato Grosso do Sul (12,4%).

O aumento de 3,60 milhões de peças inteiras de couro, em nível nacional, no comparativo 2023/2022, foi influenciada pelo incremento do recebimento de peles bovinas em 12 das 18 Unidades da Federação que possuem pelo menos 5,0% de participação na aquisição nacional de peças de couro. As variações positivas mais significativas ocorreram em Goiás (+1,35 milhão de peças), Mato Grosso (+862,48 mil peças), Rondônia (+702,83 mil peças), Pará (+326,12 mil peças), Paraná (+181,95 mil peças) e São Paulo (+173,83 mil peças). Por outro lado, a redução mais significativa ocorreu no Rio Grande do Sul (-229,74 mil peças).


FONTE: O DOCUMENTO