Apontado como membro de um grupo de extermínio desarticulado pela Operação Letífero, o ex-policial militar Edvan de Souza Santos foi condenado novamente por homicídio em Mato Grosso. O julgamento ocorreu na última quinta-feira (18), no Tribunal do Júri de Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá), e resultou em uma pena de 22 anos e nove meses de prisão em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
Preso desde 2022, Edvan já havia sido condenado em março deste ano pelo assassinato da ex-presidente do Serviço de Saneamento Ambiental (Sanear) de Rondonópolis (220 km de Cuiabá) Terezinha Silva de Souza, 53 anos.
Ele ainda responde outros seis processos por homicídio e voltará ao banco dos réus na próxima quinta-feira (25), também em Pontes e Lacerda.

Segundo as investigações, o ex-PM fazia parte de um esquema de pistolagem e grupo de extermínio que atuava em diferentes regiões do estado e na fronteira com a Bolívia. A Justiça também determinou a perda do cargo público.
O crime
De acordo com o Ministério Público, o homicídio julgado agora aconteceu em dezembro de 2020, na BR-174B. A vítima, Vanderson de Almeida Castro, tinha acabado de descer do carro para ir a uma oficina mecânica quando foi atingida por disparos de arma de fogo. O atirador estava em uma motocicleta e fugiu em seguida.
Assassinato de Terezinha Silva

Terezinha foi morta no dia 15 de janeiro de 2021, na Rua Major Otávio Pitaluga, no centro de Rondonópolis, quando ia para o trabalho. A vítima parou em um semáforo com sua caminhonete, conduzida por um motorista, e duas pessoas em uma motocicleta CV 300 vermelha se aproximaram. O passageiro desceu com uma arma em punho, se aproximou da caminhonete e atirou diversas vezes.
A presidente da Sanear foi atingida por quatro disparos, principalmente na cabeça. Ela chegou a ser socorrida por seu motorista e levada para a Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu aos ferimentos. O motorista teve apenas ferimentos leves.
Por meio de perícias, depoimentos e imagens, a Polícia Civil chegou à identificação do condutor da motocicleta, que era um policial militar.
Edvan também era investigado por outros cinco homicídios em Rondonópolis, o que o fez ser alvo da Operação Letífero, em janeiro de 2022.
FONTE MIDIA JUR
EUZIANY TEODORO
DA REDAÇÃO