Movimentos sociais de favelas e Organizações Não Governamentais (ONGs) do Rio de Janeiro se uniram em um clamor de repúdio e dor após a megaoperação policial que resultou em um alto número de mortes, reacendendo o debate sobre a política de segurança pública no estado. O coro é um só: "Segurança não se faz com sangue".
A operação, descrita como a mais letal da história recente do Rio e que gerou paralisação em diversas áreas da cidade, foi duramente criticada pelas entidades, que denunciam a política de confrontos como ineficaz e violadora de direitos.
🩸 O Custo da Operação
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Luto e dor: Moradores relatam cenas de horror, com corpos espalhados e o choro de mães diante da perda de seus filhos. A contagem de óbitos pela operação é contestada, com moradores retirando dezenas de corpos em áreas de mata que, segundo eles, não entraram na contagem oficial.
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Denúncias de Violações: Relatos de familiares e ativistas apontam para possíveis casos de execuções, tortura e desrespeito aos direitos humanos. Mães questionam a letalidade, afirmando que alguns dos mortos teriam se rendido antes de serem alvejados.
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Impacto Social: Além das mortes, a ação causou grande impacto na rotina da capital, com vias bloqueadas, transportes afetados e fechamento de escolas e unidades de saúde, expondo a população a um cenário de pânico e medo.
📢 A Crítica dos Ativistas
Representantes de favelas e ONGs criticam a natureza da ação policial, destacando a desigualdade na forma como a segurança pública é aplicada no Rio.
"Nos territórios pretos, a polícia age historicamente de outra forma," afirmou um ativista, comparando a truculência nas comunidades com a tranquilidade em áreas nobres da Zona Sul.
A política de segurança do estado é questionada pelo foco no confronto, em detrimento de ações de inteligência ou políticas sociais. Os ativistas enfatizam que a segurança deve ser construída com a presença plena do Estado, que inclua:
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Políticas Sociais e Vida Digna;
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Saneamento Básico e Moradia Digna;
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Acesso à Educação de Qualidade e Saúde Decente;
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Não com "políticas de morte" ou "luto permanente".
Alto Custo, Baixo Resultado
Há também a crítica ao alto orçamento destinado às polícias, que para os ativistas, financia uma "política de produção de morte" e não uma polícia de inteligência e menos confrontos. Especialistas e ativistas classificam a megaoperação como uma "cortina de fumaça" que apenas expõe a população à linha de tiro, sem resolver a raiz do problema da segurança e do crime organizado
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